ESCOLA SECUNDÁRIA GIL EANES
Curso de Educação e Formação de Adultos – Secundário
Uni. Comp.: 3 Reflexividade e Pensamento Critico DR1
Curso de Educação e Formação de Adultos – Secundário
Uni. Comp.: 3 Reflexividade e Pensamento Critico DR1
Maria Luísa Vairinhos, nº11 – 24/09/2008 doc. 1 CP
Preconceitos, Estereótipos e Representações Sociais
Na sociedade actual deparamo-nos frequentemente com vários tipos de preconceitos que resultam em injustiças, estes são baseados unicamente nas aparências, empatias, atitudes, ou comportamentos pessoais, criando imagens tidas como reais, ou seja estereótipos sociais. As formas mais comuns de preconceitos sociais são as raciais, sexuais, religiosos, em relação aos deficientes, a idosos, entre outros.
Podemos definir o preconceito como um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições, considerados diferentes ou "estranhos". Na minha opinião muitos desses preconceitos são causados pela intolerância e falta de respeito pelas práticas e convicções dos outros, recusando deixar os outros agirem de maneira diferente e terem outras opiniões, seja pelas suas convicções religiosas, sexuais ou mesmo pela sua forma de vestir ou pentear.
A incapacidade de sabermos lidar com a diferença leva-nos por vezes a ter atitudes discriminatórias, particularmente quando falamos de deficientes. Recentemente foram tomadas medidas pelas escolas, na tentativa de combater a exclusão das crianças deficientes integrando-as em turmas inclusivas. Desta forma talvez a nova geração aprenda a lidar com a diferença, vendo os meninos com dificuldades como iguais, com virtudes, defeitos e principalmente com os mesmos direitos de qualquer cidadão. Contudo, e não desfazendo as boas intenções pelas quais foi criada esta lei, em minha opinião, talvez se devesse ter criado primeiro, condições de bem-estar para essas crianças, assim como para toda a comunidade escolar.
No meu dia-a-dia convivo com pessoas de várias nacionalidades. Não me considero uma mulher preconceituosa em relação aos estrangeiros, talvez porque já fui emigrante lido com as pessoas de igual forma, esta é a minha convicção. Posso ter atitudes irreflectidas as quais possam ser vistas como preconceitos, contudo não o são em consciência. Na minha opinião, um dos grandes preconceitos sociais, em Portugal, e talvez no resto da Europa, seja o racial.
A onda de violência que ultimamente se tem verificado, supostamente, originada por estrangeiros, oriundos dos países de leste e brasileiros, faz com que cada vez seja mais frequente ouvirmos dizer: “eu não sou racista, mas os tipos dos países de leste e os brasileiros vêm para cá tirar-nos o nosso trabalho, espalham a violência e ainda por cima têm mais direitos que nós”. Será que é mesmo assim? Ou virão essas pessoas, na busca de uma vida melhor, realizar trabalhos que os nacionais não estão dispostos a fazer? Esquecemo-nos por vezes que também nós fomos e continuamos a ser, um país de emigrantes.
Gozarão os imigrantes de mais direitos que nós, ou pelo contrário, estarão eles a contribuir para o desenvolvimento da nossa sociedade? Não deveríamos pensar no enriquecimento de conhecimentos que adquirimos com o contacto com outras culturas?
Ultimamente, devido aos estereótipos por nós criados, relacionamos muitas vezes o aumento da criminalidade com as máfias dos países de leste ou a grupos vindos das favelas brasileiras, tudo isto, devido à grande quantidade de imigrantes vindos desses países e a deficiente integração, dos mesmos, na nossa sociedade.
A tendência que o ser humano tem em sobrevalorizar-se fá-lo cometer actos racistas, levando-o a crer que há pessoas superiores a outras, pelo facto de pertencerem a uma raça específica. Diferenciam a superioridade das raças com base em características físicas, cor da pele, formato dos olhos ou cor do cabelo, usando essa diferenciação para defender comportamentos abusivos e agressivos.
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