quarta-feira, 13 de maio de 2009


ESCOLA SECUNDÁRIA GIL EANES
CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Unid. Comp. 4 N.G. Identidade e Alteridade D R 2
Maria Isabel Gonçalves, nº10 data 8-1-2009 CP Doc.nº2
COLECTIVOS PROFISSIONAIS e ORGANIZACIONAIS
Grupos são um conjunto de pessoas com objectivos comuns que desenvolvem várias interacções de acordo com normas próprias de funcionamento e procuram estabelecer relações de influência recíproca não podendo existir qualquer tipo de competição que ameace a unidade do grupo.
Todas as pessoas fazem parte de vários grupos. Mas de entre estes convém destacar a importância do grupo familiar que é o primeiro grupo de pertença. È no seio familiar que são transmitidos valores, atitudes que serão fundamentais para o crescimento equilibrado do indivíduo. Na família inicia-se a socialização que provoca nos indivíduos a interiorização de um conjunto de padrões culturais e de modelos de comportamento geradores de sentimentos e atitudes comuns.
A partir de determinada idade o grupo de socialização deixa de ser só a família passando a ser a escola, os amigos, o desporto e mais tarde o grupo de trabalho etc. É neste contexto que o indivíduo passa a pertencer a vários grupos. Para além dos grupos de pertença há também os grupos de referência que surgem quando os indivíduos de algum modo se identificam na sociedade com outros a que não pertencem, mas que tomam como modelo. É o caso do jet set que representa um “grupo” ao qual certo tipo de pessoas gostaria de pertencer, levando-as a imitar os seus modelos e comportamentos para serem aceites nesses grupos. Assiste-se a uma mobilidade social do indivíduo que no passado era menos frequente mas que hoje em dia devido quer às habilitações literárias, casamento, ao trabalho e persistência profissional ascendem a outro estatuto social. Embora algumas pessoas venham a ascender no seu estatuto social podem permanecer com lealdade ao seu grupo de pertença, ou não.
A mobilidade social pode ser descendente. Neste caso, os indivíduos ou grupos sociais por várias razões deixam de ter o estatuto que inicialmente detinham e os levam a ocupar diferentes posições socais, nomeadamente na estrutura de classes.


Há alguns anos atrás os desafios multiculturais não se colocavam. É verdade que tinha conhecimento de culturas muito diferentes da minha, mas apenas da comunicação social. No meu dia-a-dia contactava com pessoas com a minha cultura. Nos últimos tempos esta situação alterou-se primeiro com o turismo e agora com a imigração. Assim, quando comecei a trabalhar na escola onde ainda permaneço, quer entre funcionário, alunos e professores não havia ninguém proveniente de outras culturas. Hoje em dia a situação mudou, temos alunos, filhos de imigrantes provenientes de outros países. Também há funcionários, e o ano passado uma professora, de diferente cultura teve oportunidade de ensinar os seus conhecimentos de música às crianças, na maioria portuguesas. Pelo que referi, lido com um universo multicultural; porém este desafio não tem sido complicado porque respeito as pessoas de igual forma. Na nossa escola procuramos todos fazer a integração destas pessoas na nossa sociedade respeitando também as suas culturas a forma de vestir, a sua alimentação, a forma de brincar e se relacionar com os colegas e adultos.
Anteriormente disse que quando comecei a trabalhar não me confrontei com desafios multiculturais, mas o mesmo não aconteceu com os meus concidadãos que emigraram para outros países com culturas diferentes das suas. Aliás os portugueses ao longo da sua história contactaram com outras culturas embora nem sempre as respeitaram. Se esta atitude foi «aceite» numa mentalidade colonialista, hoje em dia não é mais aceitável e tolerável. Deve existir um esforço de todos para integrar/incluir todos independentemente da sua cultura. È verdade que para alguns portugueses que emigraram nem sempre foi fácil a sua integração, mas também em Portugal se assistiu a situações de discriminação em relação aos imigrantes.
Existindo entre todos os indivíduos formas diferentes de socialização dependendo das suas culturas. Como referi, Portugal tem sido um país de emigrantes os quais, tendo procurado uma vida melhor, levaram a nossa cultura a várias partes do mundo, (gastronomia, música, dança, língua etc). Nos últimos anos temos assistido à imigração sobretudo proveniente de países de Leste. Deste modo o país tem-se tornado multicultural porque se encontram residentes de várias nacionalidades que se vão integrando e transmitindo a sua cultura da mesma forma que nós o fizemos, através restaurantes típicos dos determinados países, fazendo por vezes espectáculos de rua com música ou dança representativa das suas origens, concluindo que todas as culturas são diferentes e cada uma, com a sua própria riqueza.




Bibliografia

http://filotestes.no.sapo.pt/psicSocial.html

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